Paralisia Facial

A paralisia facial periférica caracteriza-se por uma lesão do (VII) par de nervo craniano ou nervo facial, em todo o seu trajeto ou parte dele, afetando a musculatura mímica da face. Apesar da paralisia facial periférica ter sido descrita há mais de 2000 anos por Hipócrates e o nervo facial descoberto por Sir Charles Bell há 177 anos, existe 50 a 70% das afecções em que a etiologia ainda é desconhecida.

A paralisia de Bell caracteriza-se pelo acometimento unilateral da face, podendo ser parcial ou total, devido a um distúrbio de função aguda do nervo facial e é considerada por um diagnóstico de exclusão, pois sua etiologia ainda não está totalmente esclarecida. 
Observa-se problemas de origem (vascular, virótica/infecciosa e imune), traumática por complicação frequente do traumatismo crânio cefálico, congênita e neoplásica.

A maioria dos pacientes com paralisia facial de Bell relatam um início rápido da paralisia, num período de horas, ou já acordaram pela manhã com a paralisia instalada. O quadro clínico da paralisia facial de Bell varia de acordo com a localização e gravidade da lesão do nervo facial, se parcial ou completa, sendo várias vezes acompanhada de dor súbita nas imediações da mandíbula e dor retroauricular. Esses transtornos resultam em: assimetria facial e deformidade dos músculos faciais, diminuição de lágrimas, ressecamento corneano e perda do reflexo de piscar, maior abertura ocular do lado afetado caracterizando o sinal de Bell, sinal de lagoftalmo, caracterizado pela depressão da pálpebra inferior e consequente lacrimejamento, síndrome das lágrimas de crocodilo, fraqueza e espasmo muscular, perda da gustação de dois terços anteriores da língua, edemas orofaciais entre outros.

Na inspeção, em repouso, deve-se observar a assimetria das sobrancelhas, desvios dos traços fisionômicos para o lado, ausência de piscar do lado comprometido, sulcos da pele menos pronunciados do lado paralisado, assim como rima palpebral mais aberta do mesmo lado, ausência do sulco nasomentoniano, flacidez ou não da bochecha, dificuldade em enrugar a testa do lado comprometido e diminuição do lacrimejamento do lado comprometido. 

Várias técnicas fisioterapeuticas são utilizadas para o tratamento da paralisia facial periférica. No tratamento fisioterápico pode ser utilizada a massoterapia onde ocorre à manipulação dos tecidos moles com finalidade, aumentar o suporte sanguíneo à região estimulada. Pode ser associado a acupuntura, obtendo efeitos de reequilíbrio energético, na região da face onde há uma lesão que gerou uma deficiência energética, facilitando a recuperação mais rápida do indivíduo. Observo que associado aos exercícios faciais, junto com o trabalho da Cadeia Estática Crânio Sacral, há uma facilitação de recuperação, atuando na mobilidade do crânio, melhorando o estímulo na Dura Máter nas meninges.

Tratamento:

A fisioterapia tem um papel importante na recuperação do paciente com paralisia facial periférica, atuando de diversas formas e utilizando vários recursos, objetivando minimizar ou evitar sequelas. Várias técnicas fisioterapeuticas são utilizadas para o tratamento da paralisia facial periférica. No tratamento fisioterápico pode ser utilizada a massoterapia onde ocorre à manipulação dos tecidos moles com finalidade, aumentar o suporte sanguíneo à região estimulada.

A acupuntura possui um elevado grau de sucesso no tratamento da paralisia facial, obtendo efeitos de reequilíbrio energético na região da face afetada, facilitando a recuperação mais rápida do indivíduo, porém, é necessário procurar o terapeuta o mais rápido possível.